O bolo de casamento: algumas curiosidades
O bolo de casamento é a sobremesa nupcial por excelência e tem um lugar de destaque em todos os enlaces e, apesar de ter sofrido algumas alterações ao longo dos tempos, a sua origem não mudou. Tradicionalmente, o bolo de casamento era servido para trazer boa sorte ao casal recém casado e seus convidados, no entanto, hoje em dia é visto como um dos protagonistas na decoração nupcial, mas vamos lá saber algumas curiosidades.
A Origem
O bolo de casamento surgiu de várias tradições étnicas diferentes, no entanto, a tradição do mesmo surgiu na Antiga Roma, onde o mesmo era um simples pão de trigo e sal. Na época ter um bolo de casamento era considerado um luxo e um sinal de celebração do estatuto social e, quanto maior fosse o bolo maior era a posição social.
No entanto, o noivo era quem comia uma grande parte do bolo durante a cerimónia, mais concretamente a metade do mesmo, e o restante era partido na cabeça da noiva. O mais irrisório disto tudo é o facto dos convidados comerem apenas as migalhas que caíam como símbolo de fertilidade. Ora se isto hoje em dia acontecesse era só um escândalo.
Porém, a partir do século XVII o bolo começa a ganhar a forma como o conhecemos atualmente. Foi também nesta altura que os ingleses começaram com a moda dos bolos de casamento empilhados (aqueles como os nossos pais e avós tiveram, sabem?) e cobertos por maçapão ou glacê branco numa tentativa de um toque mais clássico. O glacê branco era símbolo de dinheiro e importância social na Era Vitoriana (1837-1901), de modo que um bolo de casamento branco era altamente desejado.
O simbolismo da Era Vitoriana
Tal como mencionado anteriormente, a Era Vitoriana deu-se entre 1837-1901 e é caracterizado pela época em que a Rainha Victoria nos deu a tradição do vestido de noiva totalmente branco e comprido.
Até então as noivas casavam com vestidos de cores garridas ou até em tom de preto, no entanto, no seu casamento com o Príncipe Albert em 1840, a Rainha Victoria optou por usar um vestido branco em que se acentuou o simbolismo já existente em torno desta cor, ou seja, a virgindade e a pureza.
Para além disso, o bolo de casamento originalmente conhecido como o bolo da noiva, precisava refletir este simbolismo que a Rainha nos trouxe, sendo por isso feito em maçapão ou glacê em tons de branco.
O corte do bolo de casamento
Tal como a tradição do vestido da noiva ser branco e comprido, também o bolo de casamento exerce algumas tradições. Originalmente, o bolo de casamento deveria ser distribuído entre os convidados pelas mãos da noiva – daí ainda hoje o nome de bolo da noiva – , no entanto, com o passar dos anos e o aumento do número de casamentos e convidados, esta tarefa começou a ser partilhada com o noivo.
O facto do bolo de casamento ter vários andares tornava a tarefa difícil para apenas uma pessoa o distribuir, sendo assim, começou a tradição do noivo e da noiva compartilharem um pedaço do bolo antes de distribuí-lo aos seus convidados, simbolizando assim a união, cumplicidade e a promessa de cuidarem um do outro para sempre.
Tradições mais comuns
São várias as tradições relacionadas com o bolo de casamento, mas uma bem conhecida é o facto de se cortar o bolo com uma espada como sinónimo de fortaleza na relação. Para além disso, uma outra tradição que ainda hoje muitos noivos pressão é o facto de se congelar uma parte do bolo de casamento e passado um ano comê-lo com os familiares mais próximos.
Uma outra tradição que existia antigamente era a colocação de amuletos da sorte dentro do bolo. Corações, trevos de quatro folhas ou ferradura eram alguns dos amuletos utilizados como sinal de boa sorte ou amor eterno entre o casal.
A par deste último costume dos nossos antepassados era a noiva esconder um anel no interior do bolo de casamento e assim, o convidado que o encontrasse, no caso de solteiro, seria o próximo a casar.